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O CENPRE deu início às suas atividades na área do tratamento da dependência química em 1999, originando-se no Projeto Preventivo e Educativo sobre Drogas, criado em 1989. Hoje realiza atividades de cuidado e atenção ao sujeito dependente de drogas e seus familiares, de prevenção aos problemas relacionados ao consumo de substâncias e também conta com banco de dados.
O tratamento é ambulatorial e conta com equipe multidisciplinar de profissionais, bolsistas e estagiários. Toda a pessoa que chega ao CENPRE, por vontade própria ou por encaminhamento (dos serviços de saúde ou judicial, por exemplo) recebe o primeiro atendimento imediatamente. A seguir são agendadas as próximas consultas e atividades no CENPRE para si e para seus familiares.
Aqueles que já obtiveram alta, no CENPRE ou em outro local de tratamento,são convidados a participar de um grupo quinzenal que objetiva ser local de apoio à qualidade de vida.
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Usar drogas, significa em primeira instância, buscar prazer. É muito difícil lutar contra o prazer, porque foi ele que sempre norteou o comportamento dos seres vivos para se autopreservarem e perpetuarem sua espécie. A droga provoca o prazer que engana o organismo, que então passa a querê-lo mais, como se fosse bom. Mas o prazer provocado pela droga não é bom, porque ele mais destrói a vida do que ajuda na sobrevivência. A prevenção tem de mostrar a diferença que há entre o que é gostoso e o que é bom.
Todo usuário e principalmente sua família têm arcado com as consequências decorrentes desse tipo de busca de prazer.
Pela disposição de querer ajudar outras pessoas, parte da sociedade procura caminhos para previnir o maior mal evitável deste final de milênio.
Caminhos disponíveis
1. Do medo - Os jovens não se aproximarão das drogas se as temerem. Para se criar o medo, basta mostrar somente o lado negativo das drogas. Pode funcionar para crianças enquanto elas acreditarem no adultos.
2. Das informações científicas - Quanto mais alguém souber sobre as drogas, mais condições terá para decidir usá-las ou não. Uma informação pode ser trocada por outra mais convincente e que atenda aos interesses imediatos da pessoa.
3. Da legalidade - Não se deve usar drogas porque elas são ilegais. Mas e as drogas legais? E todas as substâncias adquiridas livremente que podem ser transformadas em drogas?
4. Do princípio moral - A droga fere os princípios éticos e morais. Esses valores entram em crise exatamente na juventude.
5. Do maior controle da vida dos jovens - Mais vigiados pelos pais e professores, os jovens teriam maiores dificuldades em se aproximar das drogas. Só que isso não é totalmente verdadeiro. Não adianta proteger quem não se defende.
6. Do afeto - Quem recebe muito amor não sente necessidade de drogas. Fica aleijado afetivamente que só recebe amor e não o retribui. Droga é usufruir prazer sem ter de devolver nada.
7. Da auto-estima - Quem tem boa auto-estima não engole qualquer "porcaria". Ocorre que algumas drogas não são consideradas "porcarias", mas "aditivos" para curtir melhor a vida.
8. Do esporte - Quem faz esporte não usa drogas. Não é isso o que a sociedade tem presenciado. Reis do esporte perdem sua majestade devido às drogas.
9. Da união dos vários caminhos - É um caminho composto de vários outros, cada qual com sua própria indicação. Cada jovem escolhe o mais adequado para si. Por enquanto, é o que tem dado os resultados mais satisfatórios.
10. Da Integração relacional - Contribuição para enriquecer o caminho 9. Nesse trajeto, o jovem é uma pessoa integrada consigo mesmo (corpo e psique), com as pessoas com as quais se relaciona (integração social) e com o ecossistema (ambiente), valorizando a disciplina, a gratidão, a religiosidade, a ética e a cidadania.
(Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição).
www.cenpre.furg.br / www.antidrogas.com.br
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As entidades, as famílias e a comunidade em geral, devem ser orientadas a procurarem instituições ou grupos de reconhecido mérito ou especialistas para auxiliá-los.
O uso indevido de drogas psicoativas deve ser prevenido utilizando-se métodos e técnicas cientificamente adequados a cada situação, para cada tipo de população, para cada indivíduo e para um determinado momento.
Doze anos de trabalho praticado pelos autores, na área da prevenção ao uso indevido de drogas psicoativas, permitiram estabelecer princípios básicos que poderiam ser seguidos por aqueles que desejarem intervir nessa especialidade.
1 – O processo de prevenção deve ser reflexivo o suficiente para que as pessoas atingidas revisem seus paradigmas com relação ao assunto.
2 – Ele deve ser contínuo para sua consolidação.
3 – Deve ser paciencioso, para não se perder a calma com aqueles que não aceitam mudanças e nem querem discuti-las.
4 – Consistente o suficiente para demonstrar o embasamento científico de seus princípios.
5 – O processo deve ser provocante, para despertar respostas criativas entre os participantes.
6 – Inovador, para despertar muita curiosidade nas pessoas.
7 – Deve, ainda, ser agradável ou prazeroso, para ser capaz de estimular o Circuito Central de Recompensa do Sistema Nervoso Central das pessoas.
8 – Multidisciplinar, para envolver o maior número possível de áreas do conhecimento.
9 – Também deve buscar a transdisciplinaridade, através da integração interdsiciplinar visando a construção de um sistema que rompa, verdadeiramente, as fronteiras entre as áreas do conhecimento.
10 – Por fim, deve ser específico e envolvente para uma determinada população, para atender suas necessidades, despertar o espírito de grupo e, a solidariedade humana.
Prof. MSc. Fernando Amarante Silva
Titular de Farmacologia da Fundação Universidade Federal do Rio Grande
Coordenador do CENPRE
Profa. MSc. Eli Sinnott Silva
Professora Adjunta de Farmacologia da Fundação Universidade Federal do Rio Grande
Responsável pelo Serviço de Prevenção do CENPRE
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