A DEMANDA DE DROGAS NA POPULAÇÃO ESTUDANTIL DAS CIDADES FRONTEIRIÇAS DO SUL.

Amarante Silva, F. Sinnott Silva, E. Muccillo Baisch, Almeida, T. L.de e Sinnott Silva, M.* Centro Regional de Estudos Prevenção e Recuperação de Dependentes Químicos – CENPRE/FURG. Rio Grande – RS – Brasil

dcffas@furg.br

 

A pesquisa é parte de um projeto internacional que visa a redução da demanda por drogas psicoativas e constituindo-se de experiência inédita na América Latina para a realização de ações integradas na abordagem do problema relacionado com drogas psicoativas. Objetivo. Estimar a prevalência do consumo de substâncias psicoativas na população estudantil de 13,15 e 17 anos de idade; de Santana do Livramento e Uruguaiana (Brasil), Rivera (Uruguai) e Paso de Los Libres (Argentina). Metodologia. Na seleção das cidades foram consideradas a proximidade geográfica entre as sedes dos municípios, a existência de vínculos transfronteiras e dimensões populacionais mínimas (100 mil habitantes/par). O tamanho da amostra foi calculado com base em pesquisas regionais que mostraram que 5% dos estudantes usaram algum tipo de droga ilícita na vida. Foram admitidos um nível de confiança de 95% e margem de erro de 2%. A coleta de dados foi realizada por aplicação de questionário auto-aplicável em sala de aula, com garantia de anonimato, conforme modelo validado do Sistema Interamericano de Dados Uniformes sobre Consumo de Drogas (SIDUC). Foram utilizadas análises exploratórias de dados, cruzamento de variáveis e testes de significância de Pearsen. Resultados. As drogas mais consumidas na vida foram: álcool (63,3%); tabaco (40,0%); calmantes (10,5) e estimulantes (8,2). A maioria considera-se bem informado sobre o assunto (60,0%) e declarou que suas fontes de informações são: pais (37,7), amigos (29,2) e televisão (12,0%) Dos que consumiram drogas nos últimos 30 dias a maconha e os solventes (25%) foram as mais citadas seguidas de anfetaminas e cocaína. Conclusões: O trabalho educativo e preventivo na região deverá ser direcionado para: 1º os riscos do uso abusivo e precoce das drogas lícitas pela população; 2º os riscos da utilização dos calmantes, inalantes, maconha e solvente pelos jovens; 3º a orientação aos pais e familiares sobre a influência de seus paradigmas com relação ao consumo de drogas lícitas; 4º o reforço à repressão e 5º o esforço em encontrar ocupação do tempo livre dos estudantes.

Apoio: OEA; SENAD; FURG.